top of page

Persecuter expande seus horizontes sonoros em novo álbum ‘Dissonante Harmonia’

  • Foto do escritor: Susse Magazine
    Susse Magazine
  • há 13 minutos
  • 3 min de leitura
ree

O Persecuter acaba de lançar seu segundo disco, “Dissonante Harmonia”, marcando um novo começo na trajetória da banda. O álbum expande os horizontes do grupo ao unir elementos de Death Metal, Black Metal, Heavy Metal e até influências fora do escopo tradicional do Metal Extremo. Com 12 faixas que transitam entre riffs rápidos, baterias frenéticas e passagens mais cadenciadas com vocais melódicos, o Persecuter reafirma seus novos princípios sonoros e consolida seu nome na cena nacional. A produção foi assinada pela própria banda e gravada em seu home studio, com uma estética propositalmente rústica e suja, remetendo à cultura Heavy Metal dos anos 80. O resultado é um som autêntico, que faz jus ao peso, à velocidade e à atitude do Metal Extremo Brasileiro.


Formada em 2010 por Pitter Carvalho, o Persecuter iniciou sua trajetória com influências de Thrash Metal, lançando o primeiro show em 2011 e o EP “Perfect Life” em 2013. O primeiro álbum, “The Hatred Domains” (2017), consolidou o som agressivo e as letras em inglês. A virada veio em 2018, com o single “O Espelho do Próximo”, quando a banda passou a compor em português e a se firmar como representante do Metal Extremo Brasileiro, com mensagens voltadas à sociedade e à realidade do povo brasileiro. O line-up atual é formado por Pitter Carvalho (voz e guitarra), Marcel Ferreira (baixo) e Elvis Moura (bateria). A banda segue na ativa, com shows agendados para 2026 e em busca de selos para o lançamento físico do novo álbum. Confira a entrevista com a banda sobre o novo lançamento e fase.


“Dissonante Harmonia” marca uma virada na sonoridade da banda. Como surgiu essa nova abordagem musical? O conceito do disco foi solto na verdade, começamos a trazer ideias musicais baseadas no gosto pessoal de cada um dentro e fora do Metal, então o resultado dessa evolução foi um disco abrangente dentro daquilo que nos define como artistas.


A faixa “Segundo Lugar” deu origem ao conceito do álbum. Como essa ideia evoluiu até se tornar o tema central do disco? Essa foi a primeira música escrita, e a letra dela veio num momento de frustração grande com a vida. É a síntese da vida latino americana: só o primeiro lugar importa, independente de quem ajudou o primeiro lugar a ser o primeiro lugar, num mundo onde parece que tudo já foi feito.


O álbum mistura Death, Black, Heavy Metal, Hardcore e momentos melódicos. Como vocês equilibraram tantas influências sem perder a identidade do Persecuter? Nós definimos o som como Metal Extremo Brasileiro. Curiosamente boa parte do underground entende isso como Death/Black Metal cantado em português, o que não é exatamente o caso, como mostramos no Dissonante Harmonia.


.As letras têm um forte tom anti-imperialista e refletem conflitos atuais. Como essas questões moldaram o disco? A cultura do Rock n Roll que começou da década de 40 pra década de 50 teve suas raízes com os negros afro-americanos a margem da sociedade, advindos do Jazz e do Blues principalmente. Na década de 60, o embrião do Heavy Metal nascia da juventude dos operários britânicos, que inconformados com seu estilo de vida, tinham o Rock n Roll como forma de se expressar. Então a cultura Heavy Metal é marginal em sua raíz, pra nós é um dever nos ater a nossa própria realidade e o que a torna ser como é, então a mensagem do que a gente entende como Metal Extremo Brasileiro é a de conscientização sociopolítica a respeito da sociedade marginal e sua problemática.


Vocês produziram o álbum em home studio, com uma estética propositalmente rústica. Por que escolher esse caminho para “Dissonante Harmonia”? O dinheiro, como sempre. Não tem outra forma de explicar isso, dinheiro é tudo e quando não se tem, não se faz, mesmo que você saiba fazer, o capitalismo lhe nega sua subjetivação. Pensamos que se temos dinheiro pra investir em tarefas que já sabemos fazer, então que o investimento seja feito em nós mesmos, DIY, que marca toda a trajetória da banda.



Comentários


bottom of page