
O duo formado em Aracaju por Yhuri (baixo e vocal) e Rodrigo (bateria), lançou recentemente o clipe da música “Kill The False Power”, faixa que faz parte do EP “The War Inside”. A banda segue promovendo o novo material que apresenta diversas influências que vão desde o rock clássico, ao metal, punk e grunge, e que aborda em suas composições acontecimentos contemporâneos.
O som criativo e cheio de conflitos do 2Crazy nos faz refletir sobre a luta do ser humano contra os seus próprios demônios, ao viver imerso ao caos de uma sociedade que no geral não pensa no próximo e vira a cara para os problemas. Com uma pegada forte, o duo nos presentei com um EP rico e diverso, perfeito para se ouvir ao meio da pandemia que estamos vivendo.
Conversamos com a banda sobre processo de composição, cena de Aracaju, política e planos futuros. Confira.
Vocês lançaram recentemente o material, o “The War Inside”, como foi o processo de composição e de gravação? E porque deram esse nome para o EP?
Levou um certo tempo pra compor essas 03 músicas, em relação ao último trabalho lançado. 2018 foi um ano bem movimentado pra a banda e só voltamos a compor em 2019. Começamos a fazer novas experiências e tentar fazer uma abordagem diferente na estrutura das músicas, e tudo isso aconteceu de maneira bem natural. Já a gravação ficou por conta do nosso amigo e produtor Danilo Viana do Cave Studio Pub (Aracaju-SE), contando com a masterização do Raphael Ferreira. O processo foi o melhor possível, porque dedicamos um bom tempo pra gravar, experimentar novos elementos, revisar varias vezes, sem nenhuma pressa. A criatividade do Danilo Viana agregou demais ao nosso som e pudemos aprender muito com ele, além de ter sido muito divertido, por conta do clima rock n roll durante todo o processo. O nome resume todas as letras e todo o contexto das músicas. A luta do ser humano contra os seus próprios demônios.
As músicas do EP falam sobre quais temas? Algumas letras optamos por deixar aberta a interpretações. Tentamos não nos prender a um tema específico e sempre tentamos ser o mais autêntico possível. Nesse novo EP trouxemos temas psicológicos, ficção científica e conflitos.
Existem outras fontes artísticas sem ser a música que vocês se inspiraram ou usaram como referência para compor as músicas desse material?
Sim. Com certeza o cinema e a literatura. George Orwell, Isaac Asimov e Dostoievski foram inspirações.
O que acham da cena atual política? Como a política pode influenciar na música e especialmente no som da banda?
Caótica, como quase tudo no Brasil. Uma confusão. A música é uma ótima forma de expressão e tem esse poder de tocar e chamar a atenção das pessoas pra diversos temas e com a política não é diferente.
A parte agressiva do nosso som, com certeza é influenciada por cenários políticos, tanto no âmbito nacional quanto no internacional.
Qual foi a faixa do EP que mais cativou a banda? A princípio foi a faixa Dangerous Game, por todo trabalho de produção empreendido. Tivemos um carinho especial por ela na parte de produção. Pra nossa surpresa, recebemos o feedback de varias pessoas que ouviram, e os outros sons foram os preferidos do público. Principalmente Kill The False Power. Esse feedback nos cativou tanto, que produzimos um clipe pra esse som.
Vocês acham que o feedback do público foi positivo? Sim, com certeza. Recebemos ótimas críticas, o que nos incentiva muito a continuar produzindo e lutando pra crescer como banda.
Podemos esperar full length em um futuro próximo? Esse é nosso próximo passo. Já estamos trabalhando nisso, pois em tempos de quarentena o nosso processo de composição se intensificou.
A ideia é lançar um single desse full length e depois já liberar o material completo. Podemos adiantar que estamos trazendo coisas novas nessas composições pra o nosso primeiro full album.
Qual a visão do 2Crazy sobre a cena underground de Aracaju? Aracaju sempre teve uma cena interessante com ótimas bandas em diversos estilos dentro rock. Posso garantir que a nossa terra é abençoada por uma gente muito criativa e talentosa. Essa é a parte boa. Dentre as dificuldades, podemos destacar a falta de locais para realização de eventos. Temos poucos lugares, porém somos agradecidos a esse pessoal que luta pra manter essas casas e manter a cena ativa, além das iniciativas de realizar eventos na rua. Merecem destaque o Lado B(extinto), Taberna, Rock na Praça e a Freedom.
Você poderia destacar algumas bandas interessantes da sua cena local?
São muitas bandas, poderíamos deixar uma lista extensa aqui. Dentre elas a Karne Krua, Toddys Trouble Band, Plastico Lunar, The Baggios e Warlord.
Quais os próximos planos e passos da banda?
Continuar com as composições e muito em breve lançar o primeiro álbum.
Escute “The War Inside”: https://spoti.fi/39h9NJK
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