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Nome promissor do metal extremo, Resto, lança novo EP “Fadado a Cambalear”

  • Foto do escritor: Susse Magazine
    Susse Magazine
  • há 14 minutos
  • 3 min de leitura


A banda fluminense RESTO apresenta seu aguardado EP de estreia, “Fadado a Cambalear”, já disponível em todas as plataformas digitais. Após a impactante estreia com o single “Morto Vivo”, o novo trabalho consolida a proposta lírica e sonora do projeto: um mergulho profundo nas fragilidades humanas, na inevitabilidade do declínio e na eterna luta entre persistir ou sucumbir.


Com quatro faixas intensas, o EP combina influências de doom metal, black metal e deathcore, resultando em uma sonoridade pesada, densa e atmosférica. Músicas arrastadas, vocais agressivos e riffs distorcidos compõem a base de um som visceral, que explora temas como existencialismo, desesperança e os aspectos mais obscuros da condição humana.


RESTO surge como um nome promissor na cena underground, com uma identidade autêntica e brutal que dialoga tanto com fãs do metal extremo quanto com ouvintes que buscam uma experiência musical profunda e carregada de significado.


O EP de estreia, “Fadado a Cambalear”, mergulha em temas como fragilidade, declínio e desesperança. De onde surgiu a inspiração para abordar esses aspectos sombrios da condição humana? A inspiração vem da vivência. Todo mundo carrega um peso, às vezes invisível, às vezes esmagador. A ideia foi transformar essa sensação constante de desamparo, de luta contra um ciclo que parece sempre te arrastar pra baixo, em som. Não é algo construído de fora pra dentro — é o reflexo cru de quem vive à beira, lidando com as fraturas da existência, com a falência emocional, mental e social que nos rodeia. “Fadado a Cambalear” é, antes de tudo, um grito de quem não aguenta mais, mas segue — mesmo que tropeçando.


Musicalmente, o trabalho é um choque de peso e atmosfera, com influências de doom, black e deathcore. Como vocês construíram essa sonoridade e o que ela representa para a identidade da RESTO? A sonoridade da RESTO nasceu da urgência de comunicar o peso que não é só físico, mas emocional. A mistura não foi algo pensado como fórmula, ela aconteceu naturalmente. As atmosferas sufocantes do doom, a violência seca do deathcore e o desespero do black metal refletem exatamente os sentimentos que queremos expressar. Não fazia sentido escolher entre peso, caos ou melancolia — precisava ser tudo isso ao mesmo tempo, porque é assim que a vida bate na gente. Essa é a nossa identidade: densa, arrastada, violenta e honesta.


A faixa “Morto Vivo” teve uma recepção forte como single. Como ela se conecta com o restante do EP e por que foi escolhida como a primeira amostra do projeto?“Morto Vivo” sintetiza muito do que é o EP — tanto na sonoridade quanto na temática. Ela fala desse estado de funcionar no automático, existindo sem viver, sem perspectiva, sem alívio. A escolha como single foi quase inevitável, porque ela é direta, agressiva e carrega aquele desconforto que queríamos que as pessoas sentissem logo de cara. É como uma porta de entrada pro vazio que é o restante do trabalho.


A carga emocional do EP é intensa. Existe alguma faixa que tenha um significado mais pessoal para vocês, ou alguma que represente de forma mais crua a proposta do disco?

Todas são extremamente pessoais, mas talvez “Morto Vivo”, a faixa-título, seja a que mais escancara tudo. Ela foi a última a ser composta e carrega uma honestidade dolorosa. É quase uma carta de rendição, mas também de enfrentamento. Não é só sobre cair. É a síntese da proposta — o desconforto de existir.




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