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Jaydson aposta na ironia política em 'Camisa Amarela'

  • Foto do escritor: Susse Magazine
    Susse Magazine
  • 10 de out. de 2024
  • 1 min de leitura


Cooptadas por setores políticos no decorrer da última década, as camisetas da seleção brasileira de futebol (as hoje famigeradas camisas amarelas) tornaram-se peças de controvérsia e polêmica. O que outrora poderia ser visto como símbolo de amor à pátria virou indicativo de um ideário tacanha, uma postura ufanista fundamentada em preconceitos e na suposta luta pela liberdade de poder calar quem pensa diferente. Essa foi a inspiração do single mais recente do músico gaúcho Jaydson: ‘Camisa Amarela’, lançado nesta sexta-feira, 4 de outubro (a dois dias das eleições municipais).


“Compus ‘Camisa Amarela’ em um momento de raiva, mas também de tentar entender o que se passava no Brasil. A música é cantada na perspectiva de uma pessoa que, de fato, acredita nos absurdos que está dizendo. Foi um exercício de tentar me colocar no lugar do dito cidadão de bem”, afirma Jaydson.


Com uma letra direta e boas sacadas, o que torna a composição “grudenta” e de fácil assimilação, a faixa usa da ironia para dar o recado. Trechos como “Desculpe se eu ofendi alguém / Não foi minha intenção / Tenho até amigos que são” e “Quem me conhece sabe bem / Eu não faço mal a ninguém / Eu sou um cidadão de bem” ilustram um discurso retórico e perigoso em meio ao cenário de polarização política.


Musicalmente, a composição evoca um clima anos 1990, tanto na produção quanto na estrutura. Conforme o produtor e também baixista Marcel Bittencourt, o resultado remonta à cena grunge/alternativa que atingiu status pop no fim do século passado.



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