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  • Foto do escritorSusse Magazine

Gabriel Marca ultrapassa a barreira criativa ao se desafiar a frente do Dead Jungle Sledge

Músico lançou com sua banda o excelente disco "Unmask"


Após o bem recebido lançamento do disco "Unmask", a banda Dead Jungle Sledge, segue trilhando seu caminho na cena metal nacional ao desafiar o gênero musical com um álbum cheio de passagens dinâmicas, riffs potentes e com letras que abordam política, problemas sociais e a crise que vivemos nos dias de hoje. 

Gabriel Marca, vocalista e guitarrista da banda Dead Jungle Sledge, chama atenção nesse primeiro projeto do quarteto ao nos presentear com um vocal intenso e cheio de personalidade e riffs pesados de guitarras. 

O músico consegue estabelecer uma conexão instantânea com o ouvinte ao fazer um metal de qualidade e com forte projeção. Dead Jungle Sledge sem dúvidas é uma das grandes surpresas do metal nacional de 2020 e se tudo der certo em esse mundo de pandemia, iremos ver e ouvir falar muito dessa banda ainda.

Conversamos com Gabriel Marca sobre sua trajetória, backline, influências musicais e outras curiosidades. Confira!

Como foi o surgimento do Dead Jungle Sledge?

Gabriel: Na época que surgiu a ideia de formar o Dead Jungle existia um hiato acontecendo na minha antiga banda, onde não se sabia que rumo iria tomar e nesse meio tempo tomei a decisão de iniciar uma banda que foca-se apenas em músicas autorais e com uma nova proposta: Formar uma banda que tenha compromisso absoluto e que seja uma prioridade na vida para todos os integrantes dentro da banda, meio que vender a alma para a música, cair de cabeça. Comecei então a procurar alguns músicos que tivesse o mesmo interesse  e que quisessem integrar a banda. Logo conheci o Vinicius (bateria) por um amigo intermediário que fez parte da banda no início e juntos formamos o "esboço" do que futuramente seria o Dead Jungle Sledge, logo depois surgiu a necessidade de encontrar um baixista com esse mesmo interesse e convidamos o Lucas um amigo meu de longa data no qual integramos a mesma banda há um tempo atrás, aí assim fechou a formação original do Dead Jungle surgindo junto disso os primeiros shows, as primeiras músicas que no final se tornaram as faixas do nosso primeiro álbum. Dentro do cenário do metal e metal extremo nacional, você costuma acompanhar bandas com trabalho autoral? E sobre as estrangeiras, alguma atual que tenha lhe chamado a atenção?   Gabriel: Sim, acompanho. Sempre tento ouvir e saber onde andam surgindo as bandas no cenário atual e o Brasil é um país que se destaca mundo afora dentro do gênero Rock/Metal, as bandas mostram qualidade, um exemplo disso é a banda Nervosa que representa o Brasil lá fora, até então 3 mulheres que se destacaram muito dentro do cenário mundial do metal que quebraram tabus, inovaram, e demonstraram persistência e um caminho pra quem quer tentar seguir esse caminho, não é só Sepultura e Krisiun que exporta musica pra fora, Ego Kill Talent é uma banda que na minha opinião ainda vai ser uma das maiores bandas dessa próxima geração, Desalmado pra quem já ouviu sabe que um som furioso, Maquinários um Hardrock/HeavyMetal cantado em português que único, a cena Doom com Mudness, Acidemia, Fuzzly são bandas de extrema qualidade só com músicas autorais, então a cena atual na minha opinião em termos de qualidade musical é uma das melhores que já teve se não for a melhor, então tem muita banda a ser explorado por aí. Na cena estrangeira o que tem me chamado atenção e a banda Jinjer principalmente a vocalista que parece transcender uma personalidade forte da qual não vemos por aí faz algum tempo já, podendo se tornar uma potencial referência dentro do gênero sem contar a vocal que é sensacional. Que dica você daria a músicos brasileiros que tem medo de experimentar e inventar coisas novas em suas músicas dentro da música extrema? Gabriel:  A música sempre foi e é um desafio, mas atualmente nessa época em que vivemos onde é uma era e digital onde tudo acontece tão rápido e está tudo no alcance das nossas mãos se tornou mais fácil você poder se lançar como artista, lançar e produzir sua música. O que é bom por um lado, porém deixa defasada um outro lado. Existe muita informação, tem muita banda boa por aí, o que se fez tornar difícil chamar a atenção, conquistar as pessoas, um público. Existe mais bandas do que ouvintes, existe mais bandas do que meios de comunicação para reproduzir esses artistas, então a maior parte do tempo sempre vai estar voltado para quem é do mainstream naturalmente, porque a música está recheada de novos artistas, o que culturalmente é incrível mas como negócio se torna bem disputado esse espaço de visibilidade. Eu acredito que essa visibilidade às bandas irão adquirir inovando, colocando novas propostas a mesa, novas sonoridades, se tornando artistas únicos. Algo novo e não que seja mais do mesmo. Não basta mais só fazer música boa e tocar bem, além disso tem que haver algo inovador e único, não se limitar, tentar ultrapassar a própria barreira criativa e se desafiar a si mesmo, então acredito que inovar e experimentar faz parte e cabe a cada músico essa questão, e a partir daí, começar a arriscar e fazê-las, para que sempre de uma forma periódica apareça novos artistas revolucionários em todo canto, sempre trazendo coisas novas para o mundo da música.


Qual modelo de guitarra, cordas e amplificadores você usa? Conta pra gente a relação de amor com seu instrumento. Gabriel: O modelo SG sempre foi o que mais me identifiquei e oque que mais me senti atraído. Minha primeira guitarra foi uma SG e desde então eu só uso esse modelo, por ser uma guitarra mais leve e mesmo assim consegui trazer um som agressivo, atualmente estou usando uma SG-PRO Epiphone, utilizo captadores ativos EMG 81/85 e uso corda 0.12 Ernie Ball. O amplificar que eu uso e o Peavey 6505, que me atraiu muito na questão do timbre e por ser high-gain, mais comprimido, trazendo toda gama de harmônicos de um amplificador valvulado, saindo aquele som bem característico das válvulas. Quais são as suas maiores influências musicais? Pra você qual é o maior guitarrista e vocalista de todos os tempos? Gabriel:  O vocalista já posso adiantar que para mim é Robert Plant do Led Zeppelin, pra mim ele é o verdadeiro cantor de Rock n Roll, uma estrela legítima, para mim sem comparações. Também gosto muito do Chris Cornell e Layne Staley. Os guitarrista seria impossível classificar o melhor por que cada um é extraordinário a sua maneira então vou destacar aqui alguns: David Gilmour, Tony Iommi, Jerry Cantrell, Adam Jones, Andreas Kisser são grandes referências pra mim. As minhas principais influências vai desde Black Sabbath, Pink Floyd passando Alice In Chains, Soundgarden, até Sepultura, Meshuggah, Lamb Of God, Gojira bandas que sempre inovam, trazem coisas novas pra digerir, aprender as manhas desses caras e aprender muito com eles. Suas linhas de guitarra apresentam técnica, velocidade e emoção. Como que se dá o processo de composição delas? Gabriel: Sempre surge de forma natural, muitas vezes inesperada. Na que hora surge um riff interessante vou tentando aplicar elementos e com o passar do tempo vou lapidando o riff com o restante da música. Tento trazer ao máximo a emoção do riff, a energia que pode passar junto com o restante da obra incluindo toda a temática. O objetivo a ser alcançado é captar as sensações que o riff quer passar e fazer isso chegar até as pessoas. Passar essa linguagem com esses elementos para as pessoas, fazer essa conexão desse mundo com outras pessoas, estabelecer essa conexão com o universo da música, esse é o ponto. Como a música surgiu em sua vida? Gabriel: Surgiu quando eu era criança ainda, me lembro de ter contato com a música mais precisamente o Rock pelo meus pais que ouviam. Sempre gostei de música desde pequeno, sempre me despertou o interesse em viver nesse meio, sempre foi um refúgio, um amparo, um prazer, logo comecei a tocar bateria, depois guitarra, quando me deparei já estava em uma banda e a partir daí decidi que era isso que eu iria fazer na minha vida.   Confira "Unmask": https://spoti.fi/39WFB6P


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