Follows Strong lança “Shadows of Despair”, um mergulho intenso no colapso emocional através do atmospheric doom metal
- Susse Magazine

- há 1 dia
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A banda brasileira Follows Strong, de Três Coroas (RS), apresenta seu aguardado EP de estreia, “Shadows of Despair”, uma obra que transforma fragilidade emocional em peso sonoro. Unindo melancolia, atmosferas densas e brutalidade catártica, o grupo reafirma a força do doom metal melódico feito no sul do Brasil.
Formada por Jana Eberthe (voz), Ale Marks (guitarra e vocais guturais), Mauricio Ramos (baixo — Setúbal, Portugal) e Cassiano Haag (bateria — Taquara, RS), a Follows Strong nasce da vivência de músicos experientes que encontraram no atmospheric doom metal um território fértil para explorar emoções profundas. Influenciados por nomes como Paradise Lost, Draconian e Trees of Eternity, o quarteto se dedica a dar voz às dores silenciosas e às sombras que habitam o interior humano.
Shadows of Despair é uma jornada poética e sombria pelos estados emocionais e psicológicos que moldam — e por vezes dilaceram — a experiência humana. Cada uma das sete faixas representa um transtorno ou vivência psíquica: ansiedade, TDAH, esquizofrenia, burnout, depressão e dissociação da realidade. O resultado é um trabalho conceitual que une narrativa emocional e peso musical em um só corpo.
O EP foi criado durante um intenso processo de composição de Ale Marks, marcado por um episódio decisivo: a perda total das gravações após um choque no HD. O recomeço forçado reformulou o projeto, trazendo novas camadas emocionais e reforçando o propósito da obra. Com o apoio da Lei Aldir Blanc, o projeto foi totalmente viabilizado e ganhou forma nos estúdios Studio A3 (bateria) e Victor’s Lab, com mentoria especial de Jaime Gomez Arellano (Paradise Lost, Ghost) e Kristian Kohle (Powerwolf, Aborted) durante as etapas de mixagem.
A sonoridade do EP é marcada por guitarras arrastadas e texturais, baixo denso, bateria ritualística e vocais femininos que transitam entre o etéreo e o gutural, criando um contraste emocional que reflete a dualidade entre dor e beleza. A estética visual acompanha essa profundidade: a vocalista Jana surge com vestido vitoriano e véu negro, ocultando sua identidade para simbolizar uma dor coletiva. A arte de capa foi criada pelo tatuador Jack Soares, de Três Coroas.






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