ARTGORE lança “Hybristophilia” — um mergulho brutal na mente doentia da idolatria criminal
- Susse Magazine

- 16 de out.
- 2 min de leitura

A banda ARTGORE, radicada na Polônia e originária de Kharkiv, Ucrânia, lança seu novo single “Hybristophilia”, uma explosão de peso e brutalidade que consolida o nome do duo entre os nomes mais extremos do metal moderno europeu. Composta por Olha Ishchenko (vocal e baixo) e Yaroslav Kharchenko (guitarra), a banda apresenta uma sonoridade mais afiada, técnica e agressiva, elevando seu próprio padrão após o lançamento anterior, “Asphyxiated”, de agosto deste ano.
Gravada e produzida de forma remota, “Hybristophilia” é pura energia comprimida em minutos de caos controlado. Inspirada por nomes como Chelsea Grin, Dying Fetus, Decapitated e Fit For an Autopsy, a faixa entrega uma combinação explosiva de deathcore, death metal clássico, riffs blackened e a crueza do hardcore, criando um som intenso e sem concessões. Os blast beats e riffs cortantes dão à música um ritmo implacável, culminando em um breakdown devastador, que é, sem dúvida, um dos momentos mais marcantes da faixa.
Apesar da violência sonora, o refrão se destaca pela atmosfera épica e sombria, adicionando uma camada inesperada de melancolia e profundidade ao caos instrumental. Esse contraste entre brutalidade e atmosfera mostra o amadurecimento da ARTGORE como banda e como força criativa no cenário do metal extremo.
O conceito lírico de “Hybristophilia” é tão perturbador quanto fascinante. A canção narra a história de Wade Wilson, um condenado à morte por homicídio duplo em 2019, cuja execução está marcada para 2025. Mesmo diante de provas irrefutáveis e da própria confissão, Wilson se torna uma figura idolatrada por centenas de pessoas, que o enxergam como uma espécie de anti-herói, enviando cartas, dinheiro e até declarações de amor. Essa atração patológica por criminosos violentos é conhecida como hybristophilia — e é justamente esse fenômeno que a faixa explora de forma crua, expondo tanto a mente do assassino quanto a obsessão de seus admiradores.
A arte de capa, que traz uma cadeira elétrica — a chamada “frying chair” —, reforça o tom irônico e cruel da narrativa. O resultado é uma obra intensa, desconfortável e provocadora, que reflete sobre o fascínio moderno pela violência e pela desumanização.
Com “Hybristophilia”, a ARTGORE reafirma seu compromisso com um som implacável, técnico e conceitualmente ousado, posicionando-se como uma das bandas mais promissoras da nova geração do metal extremo europeu.




Comentários